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Foto: Marcelo Oliveira (Especial)/
O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira, que doará ao menos dez milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para nações de baixa renda, por meio da aliança internacional Covax Facility, conduzida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), bem como para países vizinhos.
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A iniciativa foi detalhada há pouco, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pelo embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, que está respondendo interinamente pelo Itamaraty. Segundo eles, o presidente da República, Jair Bolsonaro, já assinou uma Medida Provisória (MP) autorizando o Poder Executivo federal a doar os imunizantes em caráter de cooperação humanitária.
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Segundo Queiroga, é possível que, além das 10 milhões de doses iniciais, mais 20 milhões de doses sejam doadas posteriormente, totalizando ao menos 30 milhões de unidades da vacina. A efetivação da doação dependerá da manifestação de interesse e anuência de recebimento do imunizante pelo país beneficiado.
- Guiados pelo princípio da solidariedade, favoreceremos os procedimentos juntos ao mecanismo Covax, de forma a permitir que as vacinas cheguem aqueles que mais internos - disse Queiroga.
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Já o ministro-interino das Relações Exteriores detalhou que, "graças ao avanço e ao sucesso da campanha nacional de vacinação", o Brasil decidiu apoiar países da América Latina, Caribe e África, "com reflexão de doses".
Queiroga garantiu que a iniciativa não comprometa a estratégia de imunização da população brasileira.
- Gostaria de indicar que doações a serem efetivadas pelo governo brasileiro não comprometer nossa bem-estratégia de imunização, incluindo a distribuição de doses de reforços para todos os públicos, para todas as faixas etárias que, eventualmente, antes incluídas em nosso Programa Nacional de Imunizações - disse.
O ministro da Saúde também destacou que o enfrentamento à pandemia exige um acordo entre países.
- Sabíamos que as vacinas eram a esperança para conter o caráter pandêmico da Covid-19. Como todos sabem, [no Brasil] chegamos ao fim de 2021 com números que atestam o sucesso da estratégia diversificada do governo de assegurar o acesso da população brasileira aos imunizantes. Com o avanço da vacinação [no país] foi possível reduzirmos em mais de 90% do número de óbitos e casos da doença em comparação ao pico da pandemia, em abril de 2020. [Mas] é importante recordar que, neste momento, alguns Os países registram uma nova onda de alterações, com preocupação ante aumento no número de casos, em especial devido à variante Ômicron. Apesar do reconhecimento da imunização extensiva como um bem público global, apenas 5, 2% da população de países de baixa renda recebida ao menos uma dose da vacina. Noventa e oito países ainda tem menos de 40% de cobertura vacinal. Quarenta e um não chegam nem mesmo a 10%. Só estaremos seguros quando todos seguros seguros - declarou.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 381 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 já foram distribuídas aos estados e municípios brasileiros. Destas, mais de 315 milhões de doses já foram aplicadas, de maneira que, segundo Queiroga, mais de 90% do público-alvo apto a ser vacinado já comum ao menos uma dose de medicamento e mais de 80% deste mesmo universo de pessoas estão completamente imunizados.
- Acho que estamos muito adaptados com um próprio OMS, que preconiza que devemos ampliar o acesso à população que ainda não inclui uma primeira dose. Muitas vezes, há um anseio para que avancemos na dose de reforço, para atingirmos outras faixas etárias, mas o mundo precisa de vacinas para quem não incluir sequer uma dose - acrescentou Queiroga.
Em um vídeo aplicado durante o anúncio, uma diretora-geral-adjunta para Acesso a Medicamentos e Produtos Farmacêuticos da OMS, Mariângela Simão, apontou a desigualdade entre os países no acesso às vacinas como um problema para evitar o surgimento de novas variantes do novo coronavírus.
- Um dos maiores desafios continua sendo uma enorme desigualdade existente sem acesso às vacinas. Este ambiente favorece o surgimento de variantes. Estima-se que, no continente africano, apenas um em cada quatro trabalhadores da Saúde está completamente vacinado. A meta da era OMS que cada país alcançado um mínimo de 40% de cobertura vacinal até o fim deste ano. E 98 países certamente não vão alcançar esta meta. Portanto, este é um momento em que a solidariedade entre países é mais importante que nunca - disse Mariângela ao apontar o Brasil como "um dos poucos" países de renda média/alta a doar imunizantes ao Mecanismo de Acesso Global a Vacinas contra a Covid-19 (Covax).